Bioma Pampa possui mais espécies vegetais por m² que biomas como Cerrado e Pantanal
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) têm descoberto altos índices de biodiversidade no bioma Pampa, que ocupa a Metade Sul do Rio Grande do Sul e parte dos territórios da Argentina e Uruguai. “A maioria das pessoas associa a biodiversidade às florestas tropicais, não aos campos, e isso se reflete em poucas políticas públicas voltadas a vegetações campestres”, observa o professor e pesquisador na área de Botânica e Ecologia Vegetal na Ufrgs, Gerhard Overbeck, que coordenou o levantamento. Segundo ele, ainda que as 56 espécies encontradas se constituam num recorde para o ecossistema, não é incomum detectar de 30 a 35 espécies no mesmo espaço, números bem superiores aos encontrados no Cerrado e no Pantanal, por exemplo. O trabalho foi feito em oito sítios de pesquisa no Estado, que aparentavam ter sua vegetação nativa mais conservada.
Acredita-se que esse elevado número de espécies vegetais se deve a vegetação campestre nativa ainda estar preservada em muitas regiões gaúchas, justamente devido a pecuária familiar.“Os bovinos e ovinos domesticados exercem um papel ecológico semelhante ao dos herbívoros nativos que se extinguiram com o passar dos anos”, explica Overbeck.
Além da Ufrgs, pesquisadores das universidades federais do Pampa, de Pelotas, de Santa Maria, de Santa Catarina e da Fronteira Sul e estadual de Ponta Grossa participaram do trabalho, que integrou a Rede Campos Sulinos. A iniciativa foi fomentada pelo Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Créditos: Carolina Pastl
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